o mundo divertido (e viciante) de zines manuais
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Escrevendo besteiras e coisinhas nas minhas notas do computador, achei alguns pedaços de textos sobre zines e processos e resolvi juntar tudo nesse post do blog! Ia ser uma newsletter da Biblioteca de Zines, projeto do qual sou idealizadora, mas tava muito sobre mim, e o blog pessoal é a melhor opção :)
Um dia, uma amiga artista me disse a frase “Depois que você começa a fazer zines, é difícil parar e não querer fazer uma pra tudo”. A eu de hoje que faz zines dedicadas pra literalmente qualquer coisa, desde viagens, memórias e tudo que me inspira um pouquinho não podia concordar mais. Eu posso estar no meio de um rolê que diversas coisas dispertam o famoso pensamento “Isso daria uma boa zine!”.
Minha trajetória, processo e zines
Sempre tive contato com arte. Mas foi entrando na faculdade, eu me meti em vários (e eu digo vários) projetos gringos relacionados a revistas e zines. Uma coisa que me conectava com um públlico internacional era que as minhas contas de arte eram todas em inglês. Acabei conhecendo diversos artistas e estudantes nesse meio. E surgiu uma oportunidade bem legal na pandemia de fazer parte de uma zine de uma organização liderada por estudantes, chamada Student Art Spaces. Foi sobre sentimentos de jovens artistas na pandemia. Aquilo ali abriu meu mundo pra: nossa, que legal essa coisa de fazer várias páginas com arte e escrita! E aí comecei a ter interesse em design voltado pra essa coisa editorial. Resumindo: muito do meu primeiro contato com zines foi digital!
Como eu ainda não sabia tanto sobre a questão da criação manual voltada pra zines na época (nem que dava pra fazer usando uma mísera folha A4) fiz várias zines digitais mesmo. E peguei muito gosto pra aquilo, eu queria fazer zines o tempo todo. Acabei criando um projeto eu mesma, chamado Spotlight Project, onde eu entrevisto meus amigos e aí faço zines digitais com esse material. Tem site e tudo, que também vou deixar aqui.
https://spotlightproject.vercel.app/

O meu estilo de arte sempre foi muito puxado pra texturas e mixed media, colagens. As zines que eu fazia digitalmente geralmente tinham também isso de ter bastante elementos de colagem digital. A primeira zine que que eu tentei passar pro nosso plano físico foi uma que fiz inspirada no dia que a minha sobrinha nasceu. Eu não pesquisei nada sobre, lutei com a impressora o tempo todo. Acabou saindo isso aqui.

E eu gostei dessa sensação de segurar nas minhas mãos a revistinha finalizada. Aí fui finalmente pesquisar sobre: como imprimir zines. Eu ainda tava na cabeça que eu ia fazer tudo digitalmente e só imprimir mesmo. Mas aí me deparei com um vídeo no youtube que tinha o seguinte título “Como fazer uma zine com uma folha A4” e aí novamente tive aquele momento de meu mundo abriu. Parecia tão direto e fácil de dobrar, criar. E eu sempre gostei muito de artes manuais, amo pinturas com tinta acríllica, amo giz pastel oleoso e colagens. A partir daí, quase todas as zines que fiz foram nesse formato, também chamado de mini-zines!

Depois disso, eu não parei mais. E fiz zines de diversos temas, meu processo tem mudado um pouco. As primeiras eu não planejei nada. Só peguei o papel, dobrei e fui improvisando. E eu gostei bastante dessa coisa de experimentar com isso, escrever, errar, tudo ali mesmo nas paginas.

Depois disso, comecei a planejar mais minhas criações. Eu anotava no meu caderno um rascunho do que que eu queria ter em cada página, ideas de como fazer a capa e também achei super legal. Os dois modos tem seus fortes, e depende do seu momento e personalidade. Agora eu estou tentando planejar mais, ser mais intencional. Mas as vezes as melhores páginas surgem do improviso.

Algumas zines que fiz nesse vício de mini-zines
Sobre a Semana do Quadrinho Nacional Amapá (minha primeira feira)
Sobre voltar a usar lápis de cor
Sobre a amazônia
Sobre cordão de identificação e autismo
É isso por enquanto! Depois volto aqui e escrevo outras coisinhas, ou falo mais sobre essa jornada. Acabei deixando bastante detalhes de fora, não queria me estender muito. Mas aí parei pra pensar que o blog é meu e pra mim então eu posso fazer o que eu quiser. Na próxima vou fazer questão de escrever tudo que vem na minha cabeça!